Saturday, March 07, 2009

Labirintite







em volta o lar
birinto
de escoras e cacos
de tudo
em vácuos há
que não sinto
alma de coisa
paira
a espreita
estreita e fria
morta jaz
em tumba de alvas
paredes
tudo
em cada canto é sóbrio
e servo
em pura geometria
como não é
o homem
labirinto de perder-se
sempre
em túneis sem fim que não se tocam

mais.


Poesia, letra: Clarrissa Yemisi
Música: Erick de Almeida

2 comments:

Anonymous said...

A gente dá um bom caldo, visse. Gostei demais. Só faltaram os esses do "alvas paredes" e um 's' do Clarrissa =).

Depois comento mais pontualmente quando o senhorito estiver no msn.

Aquela said...

A música deu ao poema mais sensibilidade do que eu seria capaz de imaginar. Linda composição.